30 de junho de 2008

Burocracias...

Dirigi-me ao meu estabelecimento de ensino, no intuito de renovar a minha matrícula, no entanto, acabei por fazê-lo, não sem antes deixar uns insignificantes 22.70 €! Será que é necessário roubar para estudar, em Portugal? É inacreditável que num país, que se quer (e diz!) desenvolvido, o custo da educação seja uma afronta à magnífica instituição que é o saber! Quantas pessoas não estarão resignadas em suas casas devido ao facto de não auferirem o suficiente para estudar? Não me venham com "balelas", da terrível herança salazarista, pois o "velho" morreu há 38 anos, e a educação continua na mesma! O baluarte, que é a Democracia (que eu próprio defendo) tem mostrado incompetências para resolver o terrível problema do défice educacional português. O primeiro-ministro que tantos criticam, tem tentado a meu ver fazer o melhor possível dentro das suas competências (não, não sou do Partido Socialista!). Agora, não peçam milagres! Educar os portugueses para o futuro é tarefa difícil, não acham? Ainda para mais sem a colaboração... dos mesmos!
Conversa de café: " (...) aquele gajo vai mesmo para o Glorioso?"
(Correcta) Conversa de café: "Acho o novo romance de Saramago um misto de algo profundo e inatingível..." Ex...
Ou que tal, levar os "xavalos" à biblioteca? A conhecida Catedral do saber! (tão diferente daquela na Luz!)
Nunca ouviram isto, ou algo semelhante? Aposto que já! Não acredito que estejam incluídos no grupo, pois não estariam a ver um blog deste nível!
Não são críticas, mas sim pensamentos modificadores e futuristas...
Aguardam-se melhores dias no burgo... não é, tugas?

7 de junho de 2008

Febre Futebolística!

Sei que é estranho tratar deste tema; o futebol não é, propriamente, o que eu mais gosto neste mundo =), no entanto, apesar de ser um acérrimo crítico do futebol, creio que é interessante observar a capacidade realmente impressionante que o futebol tem de unir todo um povo em torno de um objectivo comum: a vitória. Confesso que até a mim, a selecção tem a capacidade de me colocar bem-disposto, de melhor com a vida! Acreditava, esperançadamente, na vitória de Portugal no EURO 2004 e foi o que se viu, uma derrota estrondosa. Depois de tanta luta e tanto suor... Em 2006, no MUNDIAL, alimentei mais uma vez as mesmas esperanças, e a derrota com a França soube particularmente mal; hoje, com este recém-começado EURO 2008, não quero criar sonhos, pois a queda pode ser dolorosa. Não sou daquelas pessoas, do género de falsos moralistas e intelectuais, que rejeitam o futebol argumentando que não é um desporto de elite, mas sim das massas e camadas inferiores. Bom, até pode ser um desporto virado para as camadas baixas da sociedade, no entanto, é o desporto rei, e aquele que movimenta mais dinheiro. É universal, na medida em que tanto "ricos" como "pobres" sofrem e vibram por ele. Só por isto, essas teses caem por "água abaixo". Não sou adepto de futebol, nem gosto de desporto, no geral, mas respeito o direito de escolha das pessoas, e se, de facto, proporciona alegria e boa disposição, por que não?

5 de junho de 2008

As doenças mentais têm cura!

Algumas espero que sim pois, de facto, podemos conviver com pessoas que, embora estejam manifestamente doentes, não podemos ter uma ideia do perigo que podem representar... Irei contar-vos um caso insólito; um rapaz aparentemente com problemas afectivos e emocionais, para além de alguns distúrbios no comportamento, era tido como uma pessoa, apesar de tudo, normal e aceite com as suas diferenças. No entanto, ninguém se apercebeu do potencial perigo que poderia advir do contacto com ele. Podemos, absolutamente, conviver com psicopatas sem que nos apercebamos a tempo. Esse dito rapaz, tinha diferenças visíveis, mas pouco se sabia em relação ao seu comportamento.
O que ninguém poderia adivinhar (mas sim suspeitar, pelo menos deveriam-no!) é que, quando contrariado, ou afectado de alguma forma, reagiria de forma doentia e a todos os níveis inqualificável. Desde atitudes pouco próprias, incluindo gritos doentios e manifestações de distúrbios mentais. A solidariedade das pessoas que acompanharam esses acontecimentos é de louvar, no entanto, providências deveriam ser tomadas, para o próprio bem da pessoa em questão. Ao invés de uma postura correcta e sensata, foi decidido apoiar e ignorar estas verdadeiras situações de alarme. É um aviso claro de que algo não está bem. O que poderá acontecer às pessoas que convivem diariamente com este indivíduo? Estarão em perigo? Não podemos fazer projecções, no entanto, é de supor que algo irá correr mal. A ajuda de um psiquiatra, nestas alturas, é essencial e fundamental. Como coloquei no título do meu post, As doenças mentais (algumas) têm cura! Têm de ser diagnosticadas e tratadas a tempo.
(Nota: Não coloquei mais detalhes para, evidentemente, salvaguardar a identidade dos intervenientes e a sua privacidade. Qualquer caso semelhante é pura coincidência).

29 de maio de 2008

Existo!

Dizem que sim, apesar de serem apenas opiniões e não passarem disso mesmo. Confesso, sou diferente, é certo, no entanto, sinto-me fantasticamente bem com essa suposta diferença, na medida em que não sei se realmente o é. Serei diferente? Por que dizem que o sou? Será porque desconfio de todos, e tenho muitíssima dificuldade em gostar de alguém? Para ser considerado "dos normais" tinha de ser dado, dizer "sim" a tudo, mesmo que não me agradasse, e sobretudo, com muita hipocrisia à mistura como é normal. Não gosto de ser assim e não pretendo agradar a ninguém. No fundo, eu sei, eles sabem, que não são muito diferentes de mim, mas sim muito mais experientes e ardilosos na forma como se relacionam em sociedade. Como não tenho pretensões de fazer parte do "grupo", o que pensam ou deixam de pensar a meu respeito é-me completamente indiferente... Mantenho-me suficientemente afastado, e simultaneamente próximo para me aperceber de tudo o que se passa ao meu redor; quando me abordam tenho sido sempre educado em todas as situações, no entanto, não posso fugir à minha natureza e nem quero fazê-lo... Quando sinto que interferem na minha forma de ser e tentam-me moldar segundo os seus próprios princípios (principalmente quem não gosto), sinto-me no direito de me manifestar, sendo por vezes muito pragmático e directo, mesmo que possa ser entendido como um desrespeito ou algo semelhante.
Gosto de poucas pessoas e, de facto, não são muitas. Não me importa que não gostem de mim, na medida em que também sou reservado a esse respeito. Talvez esteja deslocado em relação aos restantes, sempre fui diferente em praticamente tudo, mas, embora seja estranho, não me sinto mal ou incomodado. É tão bom ser diferente, não fazer parte de um todo. Adoro conservar a minha individulidade, e hoje, ela perde-se com imensa facilidade. Todos temos individualidade, mas será que todos seremos recordados? As pessoas ficam na memória colectiva da História pelas suas boas ou más acções; como quase todas as pessoas que conheço são insuficientemente fracas para fazer o bem, e também o mal, cairão facilmente no esquecimento colectivo. Eu tiro partido do que tenho, e como o que tenho é considerado mal, faço uso dessa capacidade. Se o facto de fazer e dizer o que penso (sem desrespeitar), é o "mal", então ainda bem que o tenho. Faço o mesmo que todos, e levo menos frustrações para casa. As críticas guardam sempre uma pontinha de inveja e, no fundo, sabemos que não o devemos mas querêmo-lo; o mesmo se aplica às más acções que criticamos, mas gostaríamos de ter coragem para o fazer, com os seus limites, e circunscrito a algumas situações. Existo porque me sinto e, como dizia Descartes, porque penso, então, tenho o direito à vida e à minha personalidade, desde que não interfira com a liberdade e os direitos de terceiros; como não o faço, não dou o direito a ninguém de agir por mim ou de (tentar, em vão) influenciar as minhas decisões e os meus comportamentos. Falta de humildade não diria, mas sim convicções de que o que faço é o correcto e o melhor para mim.