31 de julho de 2019

O Culpado.


   Há suspense até ao último minuto, de facto. Thriller que nos faz sentir o desconforto desde a cadeira da sala. Os planos fechados, estáticos, a claustrofobia daquele gabinete - a acção desenrola-se toda na esquadra - e os segundos intermináveis de silêncio, entre grunhidos e ruídos, levam-nos a exasperar. Foi interessante, de certo modo, terem realizado um filme sobre os assistentes da linha europeia de emergência 112, que, no caso dinamarquês, parece ser operada pela polícia.

   Asger é um homem com problemas pessoais e no emprego, completamente dedicado, de corpo e alma, às funções que executa, não temendo em se comprometer, ao ponto de, a meu ver, violar alguma da ética profissional que o devia acompanhar.


   As coisas nem sempre são o que parecem, e embora o realizador tenha querido que nós participássemos naquela tentativa de resgate, um telefone, por si só, não funciona. É um filme de forte comprometimento com uma causa, salvar vidas, talvez também porque Asger esteve implicado na destruição de uma, o que o corrói e preocupa. O esmero em solucionar aquele verdadeiro bico de obra poderá estar relacionado com essa procura por uma redenção qualquer, naquilo que terá sido um acidente que o deixou marcado. Asger é um homem perturbado. Percebemo-lo pelo seus descontrolo pessoal, que desvenda alguma violência, porque a acção do filme não vai além de um caso despoletado por uma chamada de emergência.

4 comentários:

  1. De volta das férias. Fiquei curioso, gosto muito do estilo ...

    Beijão

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    1. Iria amar, amigo.

      Espero que as férias tenham sido boas!

      Um beijão.

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  2. Respostas
    1. Cheira-me por todos os lados que irias adorar o actor que faz de polícia, ehehe.

      Um abraço.

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