26 de janeiro de 2019

Vox Lux.


   Este filme, ou melhor, a visualização deste filme é acompanhada de uma pequena e curiosa introdução: não era suposto ter visto o Vox Lux. Equivoquei-me, expliquei-me mal na bilheteira e acabei por ter de suportar mais de cento e vinte minutos de puro terror, e não, não lhes falo do terror enquanto género cinematográfico; terror porque o filme é muito mau.

   Falhou tudo. Para começo de conversa, o argumento era fraquinho. Uma miúda, vítima de um trauma, que vira estrela no universo da música, com a ajuda da irmã e de um obstinado produtor. E daí? Nunca se vem a entender qual é o mote do filme. Vislumbro um: acompanharmos os anos difíceis dos EUA que coincidem com os do crescimento daquela miúda, interpretada, em adulta, por Natalie Portman, que até tem um desempenho razoável, embora todo o frenesim do figurino e das músicas baratas e de má qualidade, a lembrar à Sia, estrague o resultado final.

   Creio que pretenderam focar vários assuntos: a ascensão, os bastidores negros da vida de uma estrela, aqueles atentados nas escolas que, volta e meia, têm lugar lá nos states, mas depois não souberam conjugar as ideias de modo a que resultassem. O filme é profundamente fastidioso. É um exercício penoso assisti-lo, suportar aquelas duas horas. Os números musicais, como referi, são outro tormento. As interpretações ainda são o único ponto mais ou menos positivo, que também não há assim nenhuma arrebatadora. Portman, como referi, quis humanizar aquela cantora. Mostrar que, atrás de toda a purpurina e dos fatos espalhafatosos, há uma mulher real, que vive e sofre, meio perturbada, alienada, como queiram.  A actriz jogou todas as cartas que tinha.


2 comentários:

  1. De certeza que não é pior que eu.
    Há tempos atrás, combinei um final de semana no Alentejo com outro amigo e, para decidir as coisas com antecedência, ir ao supermercado e prover a outros outros arranjos, decidi ir para Estremoz com antecedência, e encontrá-lo, mais tarde, depois de jantar.
    Tudo muito combinadinho, lá comprei um bilhete para ir de autocarro até Estremoz, vi a linha onde ele se encontrava, dirigi-me ao veículo, o condutor OBSERVOU o meu bilhete, se estava tudo correto, fui para o meu lugar e ... estranhei que o autocarro estivesse tão cheio.
    Normalmente vou com o autocarro meio vazio, mas pensei que ... sei lá, houvesse alguma festividade e, por conseguinte, maior afluência.
    Não me preocupei mais e, como normalmente, adormeci, sabia que iria acordar daí a mais ou menos uma hora.
    Realmente, devia estar tão cansado que, quando acordei, quase duas horas depois, estava em ... Albufeira, em pleno Algarve!!! E era já tarde.
    Coloquei as mãos à cabeça, fui ter com o motorista, o qual pediu muita desculpa por não ter reparado e desculpou-se que estava ainda meio tonto, pois tinha casado no dia anterior e tinha aproveitado esta viagem para ir passar ao Algarve a lua-de-mel com a esposa, que se encontrava no assento ao lado, e com um sorriso de orelha a orelha!!!!
    O meu sorriso não era tão aberto, antes pelo contrário e, receio dizê-lo, não lhe augurei nada de bom, apesar de reconhecer que mais de metade da culpa era minha, pois tinha trocado um 6 com um 9! Sempre tive problemas de dislexia e discalculia.
    Conseguir regressar a Estremoz levou-me a fazer uma viagem de cerca de 6 horas mais, e cheguei por volta da meia noite, com vontade de estrafegar metade da população!!!
    Tinha saído de casa por volta das 13h!!!!!
    Assim, não se aflija com estes acontecimentos ... acontecem! :)
    Hoje posso falar disto com algum grau de hilaridade, mas levou tempo a passar.
    Também já me aconteceu apanhar um avião para um destino errado, e consegui-o!!! Não foi nada fácil, pois há sempre controlo apertado de tanta gente, mas, contra todas as probabilidades, consegui-o!!!
    Cheguei ao destino dois dias depois e com a incredulidade do aeroporto!
    Uma boa semana
    Manel

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    1. Que estórias! A do avião é pior. Consegue ser assustadora!

      O máximo que me aconteceu foi passar uma estação de comboio, ehehe.

      E logo Estremoz, uma cidade tão bonita, onde tenho imensa família. Desde 2004 que não vou lá. Tenho saudades.

      Cumprimentos.

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