12 de agosto de 2018

Shopping day.


   Há muito tempo que não relato nenhum episódio de compras no blogue. Fazia-o amiúde em miúdo, bem a propósito que até rima. A silly season também é propensa a devaneios destes, na falta de melhor assunto. A completar, como terão reparado, suspendi, a tempo indeterminado, os meus passeios culturais. Pelo calor, pela apatia e porque, entretanto, novos desafios virão, e desta vez é que vêm mesmo. Saberão de tudo muito em breve. Passemos, então, às compras!

   Não posso dizer que seja um rapaz dos saldos. Quando posso, aproveito-os. Se vir algo de que goste e tenha dinheiro comigo, compro, independentemente de estar ou não em época de descontos. Sempre fui extraordinariamente consumista. Comprar anima-me, faz-me sentir melhor, mais alegre. Tem sido assim. É evidente que é uma forma quase inconsciente de suprir outras carências, também o sei, e não de agora, mas as coisas são como são. Se não os podes vencer, junta-te a eles. Compro, assumo que o faço. E, se o faço, é porque algum dinheiro terei. Não irei explorar aqui a minha vida, podendo dizer-vos que, desde há quatro anos, perdi poder de compra. Vicissitudes. Não fiquei pobrezinho, mas também não nado em dinheiro. O que não sou, isso não, jamais, é dissimulado, como uns e outros que andam por aí, que compram este mundo e o outro, e eu nada tenho com isso, mas que adoram pôr a máscara de carenciados quando lhes convém, enganando incautos e ingénuos. Como de parvo, graças a Deus e aos bons genes, não tenho nada, não me deixei cair no conto do vigário. Lá nos diz o velho ditado: « Podemos enganar algumas pessoas o tempo todo, ou todas as pessoas durante algum tempo, mas jamais todas as pessoas por todo o tempo ».

   No mês passado, na Pull&Bear, comprei uma jaqueta castanha e uma t-shirt com riscas azúis, Combinam, as peças, na perfeição. Já depois disso, comprei uns calções também em tons de azul (claro) e uma t-shirt em amarelo-torrado, ambos na Springfield, que fará pendant com uns ténis novos da Element, de cor mui parecida. Ontem, fui ao El Corte Inglés e deixei lá umas notas. Como, a priori, irei rumar a sul por uns dias, comprei uns calções de banho novos, da Nike, giríssimos, uma toalha de praia da Lightning Bolt, caríssima, um boné da mesma marca e uns chinelos da Calvin Klein. Odeio chinelos, começando pelo substantivo, que é horrível, mas realmente não há melhor para a praia. Precisava de uma boa toalha de praia, que a minha da Adidas, que tem uns vinte anos, está desgastada do sol. Quanto aos calções, tenho alguns pares; queria uns vermelhos, e estes que encontrei, da Nike, vão ao encontro do que procurava. Perguntar-se-ão: "Mas ele só ligará a marcas?" Não ligava, é verdade, todavia, de há uns tempos para cá, venho-me interessando mais pela marca. A marca dá estatuto. Não vale a pena andarmos aqui a negar o que todos sabemos. Uma peça de roupa de marca, a par da qualidade, impressiona, torna-nos mais vistosos. Assim como um bom perfume (estou a precisar de um!). Já me esquecia, comprei também uma carteira da Eastpak, para combinar com a minha mochila nova, da mesma cor, a estrear.

   Comprei tudo em saldos. Não falarei em preços porque é do mais deselegante que há. Posso adiantar-vos que, mesmo assim, não compensou muito. Descontos na ordem dos 30 %, 40 %. Pagamos o selo Corte Inglés, que se soma às marcas. 
   Gosto de coisas boas. O tecido da toalha, por exemplo, não se compara ao de outras. O bom, paga-se. Por enquanto, está tudo comprado. Para as férias, arrumei o assunto, e são sempre artigos que ficam para anos seguintes.

   Para a faculdade (sim, era a novidade!), adquiri de tudo no ano passado (e acabei por não ir…), não havendo material a comprar (excepto códigos e livros). Encerrado. De roupa, perdi a conta a tudo quanto tenho por estrear. E não desfalquei as minhas economias. Preciso de um relógio castanho, de um perfume, de um cinto e de uns sapatos castanhos. Tenho milhentos pares de sapatos, inclusive castanhos, mas não os que quero. E talvez compre um fato, que já não aprecio os que tenho. É tudo.

   Há novidades, há-as. Descortinei um bom pedaço, ou quase tudo. Na rentrée, adiantarei o resto, com as compras na mão, claro. Já ganhava era uma comissão por tanta publicidades. (risos)

4 comentários:

  1. Acho que sim, tanta publicidade a marcas e não ter retorno não é possível de todo lolololololololol

    Qual a diferença entre uns calções da Nike e uns da Primark a 10 euros?!

    No calor do momento, não são para tirar mesmo?!

    Uhmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

    Grande abraço amigo e boas férias rumo ao sul

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    1. Há diferença no tecido, na durabilidade, etc.

      O meu “calor do momento” é aquele que sinto quando chego a casa depois da praia. (risos) Tiro-os e vou tomar banho.

      Obrigado, amigo.

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  2. Neste campo estamos nos antípodas (risos embaraçados).
    Conheço algumas marcas que aqui refere, mas se tiver alguma delas no guarda-roupa será por puro acaso, talvez porque alguém me ofereceu, ou quiçá porque encontrei-a baratinho algures e gostei.
    Porque se não gostar da peça de roupa (tenha ela a marca que tiver) fica mesmo num canto esquecida durante anos e anos até que ... um dia ... levo-a para o depósito de roupas da paróquia aqui do bairro! Vai novinha em folha!!!

    Continuo a usar a mesma roupa ano após ano, e visto a primeira coisa que sai do roupeiro ou da gaveta (de vez em quando, em momentos menos rotineiros, faço algumas concessões e tento alguma coordenação ... não sai lá muito bem, fazem o favor de mo dizer!) - algumas vezes tentam disciplinar-me - mas é inútil.
    Suspeito que, sem que dê conta, me colocam as coisas no lixo ou as dão a alguém ... menos mal se as derem!
    Se necessito de roupa, desde que não seja íntima, luvas, bonés/chapéus ou calçado, compro usada, numa das muitas lojas da especialidade, e, desde que sirva, vem comigo! Não faço questão de moda, pois não sei absolutamente nada sobre o que está "in" ou "out".
    Quantas vezes sinto que estou a ser "gozado", discretamente umas vezes, outras vezes abertamente, porque estou vestido com coisas completamente fora das tendências, mesmo obsoletas talvez.
    É um bom preço a pagar, pois ando sempre despreocupado e tranquilo com estas questões, e não há coisa que me incomode menos que o juízo dos outros sobre o que visto.
    Afinal sou eu que visto e sou eu que estou "démodé", e a mim isso é-me indiferente. As pessoas que comigo estão é que se incomodam!!! (risos)

    Fato de banho não uso, pois não vou à praia há muitos anos - já esqueci quantos - só a frequento no inverno para andar à beira-mar, o que me dá prazer.

    Sou de montanha e o meu prazer é percorrer trilhos fantásticos.
    Percorri-os um pouco por todo o lado que me foi dada a hipótese de visitar.
    É um dos meus prazeres! Nada iguala o espanto de estar no topo de uma escarpa em que num dos lados chove e troveja e, do outro ... existe um sol quente e brilhante, como me aconteceu no topo dos Dolomitas, por exemplo.
    Andam a tentar "desencaminhar-me" para outra aventuras destas, algo interessante e radical, e estou mesmo cheio de vontade de o fazer, mas não posso esquecer que já não tenho 30 anos, mas mais do dobro, e que as minhas "dobradiças" já não são as necessárias para fazer caminhadas de 14 horas diárias!!! Mas apetece-me mesmo muito!

    Quando for para o seu período balnear desejo-lhe o melhor do tempo possível, e faça mesmo por se divertir e espero que se sinta confortável consigo mesmo.
    A vida, e aquilo de bom que ela nos reserva, serve para isso mesmo; para dela tirarmos algum do prazer que necessitamos para fazer com que as pessoas que nos rodeiam, e que de nós gostam, sentirem que estamos de bem com a vida, pois disso também depende o bem-estar delas.
    Manel

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    1. Olá, Manel.

      Também não posso dizer que siga as tendências. Gosto de comprar roupa, mas não ligo muito à moda, ao que "está na moda". Vejo, gosto, tenho dinheiro, compro, sem ligar a se é desta colecção ou da outra… Aliás, geralmente os saldos são restos de colecção.

      Sou vaidoso. Sou-o. Gosto de vestir e calçar bem. Gosto de me sentir bonito. Não para terceiros; para mim. A roupa é a nossa segunda pele, diz-se. A par disso, ando numa faculdade de direito. Convém ter algum cuidado com a indumentária. Jamais me esquecerei do dia em que vi um aluno de chinelos em pleno átrio de entrada da faculdade. Nem ténis gosto de levar para lá.

      Praia… Ora bem. Eu não sou menino de passar semanas na praia, mas mentiria se dissesse que passo bem sem ir pelo menos uns três, quatro dias. Adoro o mar, adoro banhar-me lá (embora goste de piscina também). O que me move não é apanhar "banhos de sol", ficar estendido a torrar. Pouco tempo passo na areia. Estou sempre na água. É um "entra e sai". E, claro está, faço praia de manhã e à tardinha. Nada de exposições à hora de maior calor.

      Obrigado, Manel. Veremos como se passam estes dias. Ainda não vou. Só daqui a uma semana, mais coisa, menos coisa, isto é, a confirmar-se definitivamente.

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