2 de junho de 2018

I Feel Pretty.


   Comédia deliciosa, bem escolhida por mim para dar ânimo ao fim-de-semana. Este I Feel Pretty tem a capacidade de nos permitir uma introspecção imediata, durante e após o filme. Como Renee, e bem, descobriu, nós somos mais do que os comentários e as opiniões maldosos que ouvimos a nosso respeito, e o caminho do sucesso - a fórmula mágica - passa também por sermos superiores ao bota abaixismo, aprendendo a valorizar o que temos e o que somos.

   Renee, uma rapariga solitária, com baixa autoestima, dada à depressão, quer subir na carreira e vingar enquanto recepcionista de uma grande empresa de cosmética. Entretanto, falta-lhe confiança. Vem-na a encontrar, exacerbadamente, de forma inusitada, após um pequeno acidente no ginásio que a transforma noutra pessoa; a bem dizer, Renee continua igual a si própria, mas crê que algo se operou na sua imagem. Só no final do filme se apercebe de que não houve magias. A atitude havia partido de si. Fez-se um clique, sim, todavia foi ela que mudou a percepção que tinha do corpo, das suas capacidades, levando a que isso se reflectisse nos que a rodeavam; no caso das amigas, levou a um afastamento gradual, mas obteve o cargo que quis, o namorado com que sempre sonhara, atraindo ainda o musculado e sedutor irmão de Avery LeClaire, a neta da fundadora da LeClaire. Pessoas de topo cederam à sua determinação. Tudo lhe corria de feição, até uma nova queda a despertar para a realidade.

   Li que o filme recebeu críticas negativas. Incompreensivelmente, a meu ver. As interpretações estiveram ao alcance do que se pedia, o filme consegue ser divertido - hilariante em algumas parte - e contém uma mensagem iminentemente positiva, a meio de todo aquele exagero, normalíssimo numa comédia.


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