22 de abril de 2018

Cultural Sunday... on Saturday [take 15].


   Chuva, muita, pela manhã, a ponto de, a determinado momento, me ter arrependido da façanha. Depressa deu lugar a um dia cultural que, para mim, não teve tanto interesse quanto outros, mas que, ainda assim, me deu a conhecer universos que fogem à minha curiosidade e ao meu interesse habituais. Museu do Dinheiro, de manhã, e Museu da Música, de tarde.

    O Museu do Dinheiro fica situado na baixa da cidade, em pleno coração de Lisboa. Não esperava tanta obsessão securitária à entrada, o que não seria totalmente inesperado, é facto, mas desanima sobremodo. Tive de deixar os pertences todos num cesto, o guarda-chuva, tirar o conteúdo dos bolsos... Dá vontade de virar costas e mandá-los bugiar.

    O edifício está muitíssimo bem preservado, no interior e no exterior. Por lá encontrarão, como é evidente, uma coleccção numismática relevante, bem como terão um percurso histórico, lá está, pelos primórdios da moeda de troca peninsular até ao advento da moeda única europeia. Há uma parte interactiva com interesse para quem gosta. Gostei da sala dedicada às notas de todo o mundo, bem como gostei da tal excursão histórica que atravessa a ocupação romana do território português até à actualidade. O ouro brasileiro, pelo século XVIII, proporcionou-nos uma folga relevante nas crises financeiras sistemáticas. Emitimos moedas de ouro. O ouro que extraímos do Brasil chegou a representar metade das reservas disponíveis no mundo. Como li em Boxer, há muitos anos, Dom João V era o monarca mais rico do seu tempo. Deixo-vos algumas fotos.




   Após abandonar a baixa, dirigi-me à estação de metropolitano do Alto dos Moinhos. Sim, leram bem. O Museu da Música situa-se no interior da estação. Basta subir-se às cancelas que logo o verão. É um espaço um tanto ou quanto limitado, no que respeita à dimensão, mas com um recheio rico. A entrada não é gratuita. Encontrarão instrumentos musicais com história, de todo o tipo, predominando os de corda.
   Creio, na minha modestíssima opinião, que um museu da música merecia um espaço melhor do que uma estação de metropolitano. A sua dignidade também exige um maior cuidado. O museu não está bem estimado. Fiquem com uma ideia.







Pela tarde, o sol despontaria, já perto do seu final. Estava cansado. Havia dormido mal. Não me aventurei numa terceira visita. Sabem que terão, no meu Instagram, todos os registos do dia de ontem.
    Espero, sinceramente, que este período de chuvas acabe o quanto antes. É extremamente incomodativo passear-se na iminência de uma tempestade se abater sobre a nossa cabeça, muito embora tenha apanhado fins de semana solarengos e agradáveis desde Janeiro. Nesse sentido, e aguardando por um sábado soalheiro, já delineei o plano da próxima visita. Veremos se o tempo colabora. Até lá.

Todas as fotos foram captadas com o meu iPhone. Uso sob permissão.

6 comentários:

  1. O Museu do Dinheiro é um Must ;)

    Abraço amigo

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    1. Tem algum interesse, mas não é dos meus favoritos. :)

      um abraço, amigo.

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  2. DEVOLVA O NOSSO OURO
    VOCÊS DEVEM ATÉ A ALMA AO BRASIL
    ROUBARAM TANTO OURO E MSM ASSIM CONSEGUIRAM FICAR POBRES QUINTAL DA EUROPA

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    1. Eu tenho um pequeno defeito. Ou qualidade. Depende de quem vê. Não sou idiota. Esse comentário foi escrito por um português fazendo-se passar por um brasileiro. :) Boa tentativa.

      Entretanto, irei comentar o conteúdo: Portugal não roubou nada; o Brasil pertencia a Portugal, o que incluía o seu subsolo, as suas águas, todos os seus recursos naturais. Nada mais lógico.

      Saudinha.

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