3 de abril de 2014

Silent Youth


  Há dias, um amigo passou-me o link de um filme. Mesmo sabendo que eu não tenho muita paciência, cansando-me rapidamente, acreditou que este seria do meu agrado. Acertou. É um filme que aborda a temática gay, mas não foi esse pequeno detalhe que me levou a considerar uma história ternurenta que merece ser vista. Poderia ser um casal hetero. Gostei porque se centra em algo aparentemente corriqueiro, mostrando-nos cenas do processo de conhecimento mútuo.

   Sem querer desvendar muito, o filme versa sobre a vida de dois rapazes, pré-adultos, que se conhecem pelas ruas de Berlim. Um deles está de visita a uma amiga e o outro mora numa residência de estudantes. Envolvem-se sentimentalmente. E o que se pretendeu, isto supondo o objectivo do realizador, foi mostrar o amor. Tratando-se de jovens, sobretudo gays, em que sabemos que a promiscuidade é mais do que muita - e não adianta ignorar a realidade - seria expectável que assistíssemos a cenas hardcore. Nada disso. Até o final não é mau, como é costume ocorrer em filmes deste tipo. Há sempre um que morre, que fica com a namorada, que vai parar à cadeia... Tem um pequeno cliché - a negação. Essa fase passada por muitos.


   Não querendo julgar conhecer os desejos de terceiros, é a história que vários idealizam. Claro que chegamos ao fim e pensamos: "É filme. Isto não acontece assim. Nada é tão linear!" Porque não? Não vi nada de impossível; bom, talvez seja nos dias actuais, seguramente difícil, mas não impossível. Há uma ingenuidade que se perde a cada ano, a cada década. O que sinto, já extravasando um pouco, é que ninguém age com naturalidade. Há premeditação em todos os actos e esferas da vida. Valha-nos estes momentos que ainda nos (me) façam acreditar em algo assim, puro.

   Caso gostem e tenham curiosidade, deixo-vos o link. É de 2012, em alemão, por isso, encontrei uma tradução em português do Brasil (não há em português europeu). Escolham a opção DropVideo (pelo menos deu bem). Aqui, o trailer.



http://www.filmesonlinegratis.net/assistir-silent-youth-legendado-online.html

12 comentários:

  1. Eu vi este filme no último Queer e já não sei se fui eu que te recomendei o filme ou não.
    Eu gostei do filme, embora haja uma reserva que tenho em relação a ele e a muitos outros deste tipo. Porque razão, as relações homossexuais mostradas nestes filmes, principalmente as mais difíceis (e quase todas o são), conduzem sempre a um "unhappy end"????
    Será que não há casos afectivos gays que resultam em felicidade? Ou será porque os autores preferem explorar esse lado de que as relações homossexuais tendem a durar pouco?
    Eu por mim falo e acho que não fica piroso um filme de afectos gay resultar bem, mas não, ou se separam ou morre um deles...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não, João, não foste tu que mo recomendaste. Foi um amigo, aqui há dias.

      Mas... aqui não há nenhum "unhappy end". Aliás, eu ressalvo isso no texto introdutório. No fim, percebemos que eles ficam juntos. Dá a entender.

      Não deves estar recordado do final. O realizador deixou em aberto.

      Eliminar
  2. vou ver! obrigado pela sugestão!

    ResponderEliminar
  3. Obrigado pela dica amigo Mark :D

    ResponderEliminar
  4. Respostas
    1. Eu gostei porque não mete sexo e essas coisas. Gosto de filmes assim, que abordam o lado mais sentimental. :)

      Eliminar
  5. Há muita gente que pensa que os filmes de temática gay metem sempre sexo. Não é assim e nem esperávamos que publicitasses um desses aqui :)
    Obrigado pela partilha; sou mais um dos que vai ver certamente :)
    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Muitos metem e os que não metem acabam mal, tão mal, que dou o tempo por desperdiçado.

      Pois, realmente não publicaria. LOL

      De nada. Espero que gostes, sad.

      um abraço. :)

      Eliminar
  6. Aw poxa, não tem em português de Portugal? Logo agora que eu queria :D Comentei hoje porque estive assistindo de tarde.. Bom eu amei esse filme. Muito romântico e o carinha louro é um tesão, rsrsrs. Fui até pesquisar o nome dele :D

    Abraços Mark e obrigado pela partilha!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O português do Brasil é bastante mais falado. :)

      O Martin Bruchmann. Sim, é muito giro.

      um abraço. de nada. :)

      Eliminar