12 de junho de 2013

Dissertação a Mercados.


    Os últimos dias têm sido muito atarefados, entre frequências e trabalhos. A determinada disciplina, optou-se pela entrega de uma dissertação expositiva e de investigação, vulgo uma quase tese de mestrado. Digamos que é um trabalho extenso, envolvendo algumas horas na biblioteca da faculdade à procura de livros e demais elementos que consiga encontrar. A biblioteca da minha faculdade, pese embora algum investimento nesse sentido nos últimos anos, ainda carece de muita bibliografia, logo, não tive outra saída senão recorrer à biblioteca da Procuradoria-Geral da República pela segunda vez, onde, de facto, pude encontrar tudo aquilo de que precisava.

    Fiquei incomodado comigo. Em grande parte, tenho culpa. Os meus colegas escolheram temas acessíveis ou, mesmo não o sendo, de pesquisa fácil e informação abundante. Eu, nesta mania de ser diferente e de ousar, quis algo não muito complicado do ponto de vista da abordagem, mas extraordinariamente complexo no que concerne a elementos bibliográficos. Faço a comparação entre o sistema bancário português e o angolano. Sobre o angolano, não há muito que possa ser verdadeiramente aproveitado. Bom, após um escrutínio moroso, consegui reunir e esquematizar o que tenho. Só por isso fiquei mais tranquilo.

   Ontem passei à prática, por fim, continuando hoje e prolongando-se por amanhã. É a parte de que menos gosto. Pesquisar, reflectir sobre como fazer o trabalho, organizar, sublinhar, aproveitar o que interessa e rejeitar o supérfluo (aqui, muito pouco) é interessante. Começar a escrever é terrível. É entediante. Não tenho a menor paciência para estar horas a dactilografar, mesmo com intervalos regulares. Aliás, nunca pensei dizer isto antes de entrar no ensino superior, mas perdi a vontade de ler e escrever, inclusive manualmente, o que adorava. Quando o que fazemos por vontade se torna uma obrigação, encaramos tudo de uma maneira diferente. Já só penso na sexta-feira, de tarde, quando entregarei o trabalho, ainda com a matéria das frequências a soar na minha cabeça... E não dou nada por terminado. Avizinham-se melhorias e recursos, se algo correr mal, que Agosto vislumbra-se ao longe.

22 comentários:

  1. Os melhores têm que escolher desafios mais difíceis. Se escolhesses algo demasiado fácil perdias grande parte da motivação que te faz evoluir.
    Parabéns :-)
    Abraço

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    1. Oh, assim fico totalmente sem jeito. Obrigado, sad. :)

      abraço. :)

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    2. Mais do que um elogio (que também é muito merecido) era um conselho (que talvez nem precisas ;-)
      Abraço

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    3. Preciso sim. :D

      abraço.

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  2. Você vai tirar uma excelente nota.Tenho certeza! :)

    Você tá de saco cheio de estudar,porque já está quase terminando,quando chega nessa fase, a gente quer mais é jogar tudo para o alto! kkk

    Até ao próximo post. :)

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    1. É isso mesmo. Estou de "saco cheio". LOOOL Ai, adoro a vossa espontaneidade! E viva ao Brasil, que tanta cor e alegria dá à língua portuguesa! :)

      abraço. :)

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  3. Coragem!

    (aumento a minha aposta de como vais parar ao voluntariado e deixas o curso. adoro motivar! :P)

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  4. Já estás quase em férias, já falta pouco! ^^
    Coragem! :3

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    1. Ainda falta um pedacinho... :'(

      Obrigado, João. :D

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  5. o sistema bancário angolano? qual a razão de tamanha ousadia? :) tu não vês TV, por isso não deves ter visto a entrevista do presidente angolano na sic :P
    de certeza que apresentaste um excelente trabalho.
    bjs e bom fim-de-semana.

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    1. Cheguei agora a casa. Nem imaginas! O professor é o tal homófobo de que falei há semanas. Como não nos matriculámos na frequência (alguns, visto que pensávamos que o trabalho substituía a mesma automaticamente), não queria receber o meu trabalho e o de outros. Fez-nos ficar para o fim, lá aceitou com maus modos e com a sua típica arrogância, e ainda fomos quase que 'obrigados' a ir à secretaria esclarecer a situação, onde 'apanhámos' uma fila extensa. Enfim, que dia! Ah, só aceitava os trabalhos entre as 13h e as 13h:30m, mas apareceu depois das 14h!... Ainda bem que almocei antes (bendita perspicácia!).

      Perdoa-me o desabafo. :P Calhou em conversa.

      Por acaso, vi uns excertos aqui e ali.
      Olha, escolhi o tema para ser diferente e, por isso mesmo, ter uma melhor nota... :(

      Obrigado! :)

      beijinhos e bom fim-de-semana.

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    2. estás perdoado, não guardes nada, desabafa tudo, Mark, senão ficas com os cabelos brancos antes do tempo :)

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  6. Sei bem como se sente. E o pior é que depois, de um tempo, a gente começa a desgostar do nosso projeto, a achá-lo maçante, etc. Só espero que consigas terminar o seu trabalho à tempo dele ser exposto.

    »»» Emilie Escreve

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    1. É... o curso é muito desgastante. Sim, Emilie, a entrega foi ontem. :)

      Obrigado pelas palavras. :)

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  7. Não poderia ser diferente; terias que ir por um caminho mais árduo, pois isso é uma maneira de ser, e não uma opção e menos ainda uma vaidade.
    Mas os resultados são sempre compensadores.
    Compreendo-te perfeitamente quando referes o enfado de ter de pôr no papel algo que nos custou a formatar através da pesquisa, pois isso é uma obrigação; já quando escreves levado pelo pensamento, pela vontade de fazer, pela sedução do assunto, tudo parece facilitado. Isso é uma regra quase universal.

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    1. Exacto, é isso mesmo, ainda que não tenha passado nada para o papel. Fiz a computador, claro está, mas é cansativo por igual.
      Escrever por obrigação é realmente o pior que se pode fazer a quem gosta de escrever. :)

      Obrigado pelas palavras, João.

      abraço.

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  8. Na faculdade também escolhia temas diferentes, que geralmente nunca tinham sido abordados por outros alunos. Os temas recorrentes eram uma seca, e na minha área, muitas vezes, nem havia nada de novo a acrescentar, o que tornava tudo muito repetitivo.
    Escolher temas diferentes levou-me também a conhecer novas pessoas, e posteriormente abriu-me algumas portas no mercado de trabalho. Por isso, por muito trabalho tenha dado (e muito parvalhão que o professor tenha sido), de uma forma ou de outra, vale sempre a pena. ;)

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    1. Exacto, também tentei inovar, uma vez que os temas abordados rondam sempre o mesmo. Passados anos a corrigir trabalhos praticamente iguais, vão se tornando mais desconfiados mal começam a ler o cabeçalho. :D

      Esperemos que tenha valido a pena. :)

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