30 de abril de 2011

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O regresso às aulas, pós férias, processou-se bem melhor do que pensava. Como disse anteriormente, creio, sou um pouco preguiçoso, embora não aparente. Nem imaginam a luta titânica que tenho com a minha maldita consciência que me atira da cama todas as manhãs! Mas não só: para estudar, sofro; para realizar alguma tarefa, sofro. Enfim, é realmente a minha consciência (por sinal bem forte) a merecedora de todo o mérito que me atribuem. Sem ela, garanto-vos, nada faria.
O regresso não seria o mesmo caso não tivesse um teste. Estou a ser irónico. É logo para começar bem de forma a não perdermos o ritmo.
Gostei de rever o R.. Ele está diferente fisicamente. Sei que isto é estranho, afinal, só estive uma semana sem o ver. Porém, acho que senti a sua falta. Vê-lo com aqueles calções com padrões aos quadrados fá-lo mais jovem, pelo menos aos meus olhos. O seu straight-acting mexe comigo, é um facto. Sabem o gay que é homem, mesmo homem? Ele é assim. Daí todas as minhas dúvidas quanto à sua hipotética homossexualidade. Senti uma proximidade mais visível. O sorriso na hora certa, o aperto de mão demorado, o olhar denunciador... Chego a perguntar-me se não será aquela masculinidade toda que me seduz. Deve, sem dúvida, ser a vontade de ter algo que só as mulheres têm. Bom, a verdade é que sempre invejei os namorados das minhas amigas. Irrita-me vê-las com tanta masculinidade e, por vezes, queixam-se de que preferiam namorados mais delicados. Isto é verdade: há mulheres que gostam de homens, heteros, meio femininos. Não percebem? Nem eu!
Concluindo, recebi dois testes. Ultrapassei todas as minhas expectativas quanto às notas. Fui o único a receber os Parabéns! do professor. Fui a melhor nota da turma e uma das melhores de todo o primeiro ano àquela cadeira. Terei de confirmar a nota numa oral de confirmação com o professor regente.
À segunda cadeira, o professor referiu-se ao meu teste como «interessante e inovador». Fui, mais uma vez, a melhor nota da turma.
Sinto-me concretizado «profissionalmente».
Gostaria de dizer o mesmo quanto ao R., mas enfim, mal ou bem, temos sempre contacto. Gostava é que, de uma vez, me agarrasse com aqueles braços másculos e me levasse ao céu. Não nesse campo sexual, não. Gostava que ele me amasse como elas são amadas. Ele não fica nada atrás na forma de estar em relação a esses heteros...
Aproxima-se maio ("maio", que horror!). Pode ser que o calor o leve a tomar alguma iniciativa.
Eu limito-me a esperar. Por enquanto vou vendo-o, estando com ele e imaginando o que poderá acontecer. :)

3 comentários:

  1. Ai Mark, Mark...limitas-te a esperar.
    "À espera de Godot", talvez.
    Isso é uma posição muito cómoda e caso essa história com o R não der nada, ainda lhe deitas as culpas, porque ele não tomou a iniciativa.
    Perde o medo, e perde alguns preconceitos classicistas (desculpa falar-te tão abertamente) e vai em frente.
    A vida é feita de amor, ousadia e diferenças.

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  2. ouve o Pinguim que ele tem razão. Mais não acrescento.

    Bem... tirando o facto do "maio". Pensava que irias ser um dos mais resistentes

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  3. Estou com o Pinguim e o Speedy! Como entusiasta da vossa, por enquanto ainda não é, "relação", acho que limitares-te a esperar não é suficiente! Mas compreendo-te.
    Esta é a minha opinião que acompanho apenas aqui pelo blog o desenrolar da situação e não sei tudo. É importante as expressões, as reacções, etc, que eu, obviamente, não conheço! Por isso, tu saberás o melhor rumo! Boa sorte para maio! :D
    Abraço!

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