25 de fevereiro de 2010

Madeira - a Catástrofe

A ilha da Madeira (do arquipélago homónimo) foi vítima da maior catástrofe natural dos últimos cem anos.
As implicações económicas já se fizeram notar: ruas destruídas, estabelecimentos comerciais arrasados e milhões de euros em prejuízos. Mais do que nunca, o povo madeirense necessita da solidariedade de todos, mas já era altura de repensarmos (enquanto portugueses) o sistema político vigente no arquipélago. E digo sistema político porque a Madeira não respira os mesmos ares democráticos do continente. Até mesmo na divulgação dos números oficiais de vítimas. Com um primeiro balanço que dava conta de 42 mortos, não se percebe muito bem o motivo que levou o número oficial a reduzir 3 vítimas da sua lista. No mínimo incongruente...
Também todos os apelos para uma maior contenção por parte da Comunicação Social falharam. Como é evidente. Os mass-media devem (e para isso existem) revelar o que acontece, seja qual for a dimensão da tragédia. O dever supremo da informação não pode ser preterido em relação a interesses económicos e, neste caso, turísticos. Quem gosta da Madeira continuará a visitá-la. Felizmente, estas tragédias são pontuais e não afectarão em muito a imagem e segurança da ilha para o exterior.
As ajudas monetárias para a Madeira aumentarão. É inevitável. Todavia, torna-se interessante fazer uma análise aos recentes discursos sobre o estatuto (privilegiado, segundo alguns...) da Madeira face às restantes regiões do país. Pedia-se contenção. Pois bem, este discurso pertence ao passado. A Madeira receberá remessas monetárias que permitam a sua reconstrução. É o dever de Portugal. O facto de mantermos regiões com um certo estatuto de autonomia obriga-nos à assunção de certas e determinadas obrigações morais. Tanto a Região Autónoma da Madeira como a R. A. dos Açores aumentam exponencialmente a dimensão da ZEE portuguesa. Retiramos, continentais, contrapartidas económicas dos arquipélagos. São parte integrante do território nacional. As nossas responsabilidades não se limitam apenas às cerimónias de hastear a bandeira, sinónimo de soberania. Também o fundo europeu já foi accionado. Todas estas ajudas permitirão ao povo madeirense a tão ansiada e necessária recuperação.
É altura de ver a Madeira a brilhar novamente. E com ela uma parte de Portugal.

2 comentários:

  1. Pois, já falei com a médica de familia e ela diz que o que se pode fazer agora é meter um gel que ela me receitou e esperar que cicatrize o maximo para depois fazer uma pequena cirurgia plastica, que consiste em cortar e por os pontos de novo. Fica apenas aquele risquinho normal.
    Sorte tens tu, quando era mais novita levei os meus primeiros pontos e também não ficaram lá muito bem, mas a zona era bastante mais complicada lool
    Beijinhos

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  2. Sim, tens toda a razão: é altura de ver a Madeira a brilhar novamente e também de alguém assumir a sua quota parte de responsabilidades, que não podem ser todas assacadas ao S.Pedro...
    Basta ver um vídeo, que já tem dois anos, que postei no meu blog.
    Abraço.

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