29 de maio de 2009

A minha praia...

Tenho uma vontade imensa de ir à praia e, de facto, já está um tempo óptimo para isso. Torna-se tão monótono estar três meses numa cidade grande e poluída como aquela em que me encontro.
Mas existe outro motivo... Em 2003, numa praia para os lados do Baixo Alentejo (Milfontes), conheci uma pessoa que se tornou muito minha amiga. Estava eu na água, a relaxar, quando A. apareceu a nadar. Subitamente, e quando voltou à superfície, olhou para mim. Os olhos de A. penetraram a minha alma, e senti uma conexão muito forte a A. Começámos a falar quando A. me disse: "Olá!", e não foi um "Olá" qualquer, mas uma saudação forte, única... Quis prolongar ao máximo aquele momento e já nem sabia como fazê-lo. Mas, notei uma reciprocidade de A. naquilo que estava a sentir. Foi óptimo. Falámos das férias e A. disse-me que também não era de Milfontes, mas sim do Norte. Confesso que, com tanta exaltação, nem reparei no seu sotaque nortenho. A. era especial em todos os sentidos. Como sentíamos o mesmo, à saída da água, fui buscar o meu telemóvel e trocámos de número.Nos dias seguintes continuámos a ver-nos na praia e a falar. Passeávamos enquanto os meus pais (na altura juntos) estavam deitados ao sol. Eram passeios no areal, muito ingénuos e simples, onde existia uma comunhão de ideias e vontades. E assim foi durante o resto das férias... Não passou das conversas e dos olhares. Na altura, tanto eu como A. éramos muito novos, e não estávamos preparados para nada, para além da confusão que a nossa cabeça tinha. Hoje tenho pena de não ter insistido com A., porque na verdade lembro-me muito de A. O que teria acontecido? Fica a dúvida...
Ainda trocámos sms durante uns tempos, mas a distância e a precocidade da nossa amizade fizeram o seu papel... Nada mais soubemos um do outro, mas do pouco que conheci A., sei que também não se esqueceu de mim.

23 de maio de 2009

Talheres de peixe não tem!

É tão insólito (será?!) que merece um post. Num restaurante nos arredores de Lisboa, ao pedir um prato de peixe, perguntei à empregada se tinham talheres de peixe. Pensei: "-É melhor perguntar, afinal, nunca se sabe...", mas é claro que tinha em mente apenas testar o serviço em alguns restaurantes de Lisboa. E ouvi uma das mais surpreendentes respostas da minha vida; : "-Talher de peixe? Não tem, não!"; dito num sotaque brasileiro. Fiquei perplexo tal o desnível que existe na hotelaria em Portugal. Resolvi perguntar a outra empregada, desta vez portuguesa, ao que ouvi: "-Talher de peixe? O que é isso?", num tom seco e admirado. Não será necessário dizer que mais admirado fiquei eu! Mas afinal, o que é que se passa? Não terem talheres de peixe é uma coisa, grave por sinal...; não saberem o que é, é um autêntico escândalo, merecedor de uma reportagem de duas páginas inteiras num qualquer jornal nacional.
Bom, como sempre fui uma pessoa prevenida, trouxe os meus próprios talheres de casa, num guardanapo de pano e envoltos num laço Christian Dior. Porque considero impossível, mais do que desonroso, comer prato de peixe em talheres de carne. Fui habituado a cumprir na íntegra as boas normas da boa educação, e também à mesa. Mas, porventura, por vezes esqueço-me de que estou em Portugal, o que faz toda a diferença...
Mas, quem é que me manda a mim almoçar em restaurantes suburbanos?

17 de maio de 2009

Exposição "A Evolução de Darwin"



No passado dia 7 deste mês visitei a exposição do srº Darwin, e a verdade é que gostei muitíssimo. Desde as suas teorias evolutivas, representadas por uma série de animais, passando pela biologia e pela análise do ADN (ou DNA para os mais cépticos), a exposição foi óptima e elucida verdadeiramente, especialmente a mim, que destes assuntos não entendo muito. Não é, sem dúvida, a minha especialidade. Deixo-vos com esta imagem, entre muitas que recolhi.

1 de maio de 2009

1º Aniversário

Este mês comemoro o 1º aniversário deste blog. Surgiu na ideia de criar um espaço de opinião e crítica, sem horários e de forma a explorar o quotidiano do nosso mundinho. Nunca tinha tido um blog, estando apenas habituado a escrever em papel e no pc. Concretizada a ideia, surgiu este espaço em que pude expor as minhas opiniões e os meus olhares sobre o mundo. Criei uma "linha editorial", em que a primeira regra foi limitar ao máximo o uso de imagens. Se possível sem elas, de modo a criar um espaço essencialmente de leitura. É o que falta na internet. Leitura simples, sem adornos. Outra das minhas preocupações foi usar uma linguagem acessível, para poder ser compreendido por todos; do Drº ao Pedreiro. Sem problemas. Era-me fácil criar um lugar demasiadamente insuportável, usando nomenclaturas praticamente impossíveis de decifrar pelo comum dos mortais, mas para quê? Os problemas do mundo afectam todos, e se o Drº entende a linguagem do Pedreiro, usemos a linguagem do Pedreiro. Feito. Depois de criado, o problema era corresponder às minhas expectativas, o que com um ano de balanço, respondo positivamente. Era mesmo isto que queria. De fácil acesso (à distância de um clic) e de entendimento geral, acompanho agora o que o mundo tem para nos dar. Quando não nos dá algo de interessante sem ser totalmente negro (porque, infelizmente, é o que acontece demais), hão-de aparecer sempre temas para ser explicitados. É um dado garantido, e um desafio.
Conto convosco!