29 de dezembro de 2008

Chuva...

Apesar dos dias de sol serem mais alegres e divertidos, confesso que adoro uma boa chuva, não tanto estando por baixo dela. Os dias de chuva têm uma mística especial e tornam as pessoas mais melancólicas. Esta passagem de 2008 para 2009 adivinha-se chuvosa, mas já não é o dito popular que nos diz que a chuva abençoa? Pois bem, a chuva para além da sua função reguladora do clima e dos seus benefícios nomeadamente para a agricultura, também torna os dias mais especiais. A cor cinzenta do céu, o barulho dos pingos a caírem na rua e baterem nas janelas é apetecível e sabe bem. É sabido por todos que os dias chuvosos são péssimos para as mentes depressivas, e existe de facto uma relação entre a chuva e os suicídios. As pessoas têm tendência a relacionar a boa disposição com o Sol, no entanto, nem sempre o mesmo sucede; o factor genético-emocional atribui ao estado metereológico a responsabilidade meramente pessoal de insatisfações mundanas, contendo, por vezes, certas incongruências que resultam em paradoxos de alegrias em dias de chuva. O mesmo, ficando devidamente provado o nexo de causalidade, não poderia acontecer.
O que de todo não consigo compreender é a estranha (ou não) relação entre a precipitação e o amor. A chuva esteve sempre associada ao romantismo; será pela sua misticidade? Ou teremos novamente o factor emocional a comandar as interpretações humanas? Existe sempre a necessidade de tudo justificar, criando cenários que preencham a imaginação humana...
Na Idade Média, a chuva era atribuída a S. Pedro que tinha o poder de usá-la segundo a sua vontade, criando o mito popular de que a precipitação seria a urina do Santo. O Homem tudo explica quando a sua compreensão não atinge a verdade científica, que até essa é relativa! Era-o antigamente, e continua nos dias de hoje ainda com a chuva.

23 de dezembro de 2008

É Natal, é Natal!

Não estou com ar de crítica, mas adoro o consumismo natalício e a sua tão própria hipocrisia de época. Meados de Dezembro, e é ver pessoas que se odeiam todo o ano a desejar os votos sinceros de um feliz Natal e próspero Ano Novo. Quantos portugueses não saberão o significado de "próspero"? Vizinhos que não se podem ver, familiares em disputa...
Mas o que eu mais gosto é o tão famoso espírito de solidariedade com as Leopoldinas e Popotas. Esquecer-se-ão de que as criancinhas passam fome e privações também de Janeiro a Novembro? E depois os apresentadores de televisão, os choros, as visitas a instituições... Bendito Dezembro!
Mas não é tudo, as parolas luzinhas de Natal nas varandas sujas muitas vezes, os pais-natal a subirem os murinhos, paredes...
Os desejos sinceros de um óptimo ano novo, as promessas de paz e alegria, e claro está!!!, a missinha do Galo e mensagem de Natal do Cardeal Patriarca de Lisboa em horário nobre! A laicidade de Portugal no seu esplendor máximo. Em termos de maldade e hipocrisia, ninguém bate a Igreja Católica Apostólica Romana.
Na hora de distribuir os presentes, as invejas vêm a lume, com os pensamentos maldosos de que o primo recebeu uma "prenda maior" ou "mais cara".
Chegou Janeiro, tudo volta a ser o que era... Próximo período de Paz e Amor só no Natal seguinte....
É um retrato negro do Natal? Ou será mesmo assim?

21 de dezembro de 2008

Decepção com um CD, ou nem tanto...

Como já referi anteriormente adoro comprar para mim, seja no Natal, ou noutra altura qualquer do ano. No passado domingo, comprei a última colectânea da Celine Dion, My Love - Essencial Collection.
Hoje estava a dar uma volta por Lisboa, e resolvi entrar numa Fnac para dar uma "vistinha d´olhos", e qual não é o meu espanto quando vejo o mesmo albúm da Celine que já tinha comprado, porém com uma capa ligeiramente diferente. Quando pego no albúm noto que é um CD duplo, com o dobro das músicas, apenas dois euros mais caro e de nome My Love - Ultimate Essencial Collection! Como é possível? Uma semana depois de ter adquirido o albúm, já existe outro com mais músicas! Que enorme falta de respeito é esta?
Revoltado, reparei que o albúm tinha um auto-colante com o escrito "Exclusivo Fnac". Ao dirigir-me a outras lojas, reparei que só havia o primeiro albúm que comprei e não este. Uma palavra faz toda a diferença, e ir à Fnac também. Só não perdi a postura comigo próprio, pois sou uma Diva, e não me irrito por qualquer coisinha.
Já agora, o último albúm da Britney também já tem "alterações"...

8 de dezembro de 2008

Britney Spears, o aguardado regresso - "Circus".

Britney está de volta, e com um albúm novinho cheio de músicas com um ritmo contagiante. O tão aguardado sexto albúm de originais da Princesa da pop já está a venda e tem como single de estreia Womanizer que já atingiu o 1º lugar da Billboard Hot 100, a tabela musical mais importante dos EUA. Bom, ainda estou indeciso entre comprar ou não o CD, na medida em que a Britney assim como a Mariah são as minhas intérpretes favoritas. De qualquer modo, se o fizer, tenho a certeza de que será bem comprado.
Depois de uma época conturbada, a Britney voltou no seu melhor, e a música Circus do albúm homónimo também é bastante ritmada e alegre. O clip é realizado num circo, com direito a animais e tudo. É uma das minhas faixas preferidas. Será, sem dúvida, uma boa prendinha de Natal... Se gosta da Britney, como eu, já pode adquirir Circus.

6 de dezembro de 2008

Centro Cultural de Belém

Estive recentemente no CCB e gostei. É claro que a Gulbenkian é substancialmente melhor, mas a exposição de Arte contemporânea que fui visitar muito me satisfez. Gostei particularmente de uma sala com um projector que nos retrata o mundo visto de uma superfície universal. Desperta os sentidos e as emoções. A visita guiada a alguns quadros do século XX, fez-me pensar de que não só de tragédias viveu o mundo nessa época, e algumas delas fizeram inspirar verdadeiras obras de arte. Toda a decoração envolvente e moderna, transportaram-me para um cenário quase futurista. É sempre muito agradável visitar estes locais, principalmente porque vivemos num país de ignorantes! Que triste realidade esta, em que museus e fundações são trocados por estádios de futebol! Bom, a culpa é inteiramente dos portugueses e do "velho abutre" (como o apelidou Sophia de Mello Breyner Andersen) Salazar, com os seus três "FFF´s"! Abomino tal ser!
O museu colecção Berardo é fantástico e recomendo vivamente a todos que se disponibilizem.
O atendimento no CCB não é dos melhores, refiro-me ao cafezinho, mas os empregados são, digamos, inaptos para aquele local... De resto, o edifício é agradável e sempre dá para tirar umas fotos engraçadas. Estão convencidos?
Divirtam-se!

1 de dezembro de 2008

A crise, ou falta dela... (?)

Para ser um pouco inconveniente pergunto, se Portugal atravessa um período de crise, porque será que os hoteis em estâncias de neve como a Serra da Estrela estão lotados? Acho muito bem! A mim a crise não chegou, e a si?

Dia Mundial da Hipocrisia

Celebra-se o Dia Mundial Contra A Sida, acho tudo muito bem, mas não é verdade que só apanha quem quer?
O sangue não examinado (hemofílicos), a falta de informação, tudo isso já acabou... salvo casos isolados.
Campanhas são mais que muitas... o preservativo...
Admiro as pessoas envolvidas nas campanhas e instituições mas...
Sinceramente não tenho pena de quem tem, tivesse cuidado! Pena sim, de outras doenças como o cancro, entre mais... Salvo raras excepções, como as crianças que nascem infectadas, e os infectados em crimes com uso de seringas contaminadas.
A SIDA já deveria estar erradicada, mas a falta de cuidado reina...
A mim, enjoa...

Natal, porque adoro...?

A aproximar-se a altura mais esperada e querida por mim: o Natal. Não porque venere o catolicismo, nada disso, simplesmente pela época em si. Já está tudo minimamente planeado, como o menu, a cerimónia e todos os preparativos que a data assim o exigem. Incluíndo, claro está, as compras. Detesto comprar para dar, acho extremamente out e do mais horroroso que há. O fantástico do Natal é o facto de nos presentearmos a nós próprios, porque somos os nossos melhores amigos, nesse aspecto! Acho uma graça reunir dois ou três íntimos e comprar mimos no sempre glamoroso El Corte Inglés. A facilidade com que as pessoas entram naquele monstro feio no Colégio Militar, assusta-me. Não pode ser mais fútil e banal.
Os meus dias são rodeados de mimos à minha pessoa, mas no fantástico Natal católico, ganha um sabor especial... Eles ficam com as missas, eu com o ambiente. Foi sem dúvida uma excelente criação para quem gosta de ocasiões especiais.
Gosto de comprar tudo bem na última hora; para além de ser extremamente elegante, é bem mais divertido. No El Corte Inglés, encontro tudo o que preciso e acabo por comprar o que não preciso, é simplesmente irresistível. Cada piso temático tem a sua especialidade, como a casa, o jardim, etc. No último piso o elegante salão de chá e o restaurante. O ambiente é do mais agradável possível. Fazer compras é um gosto, principalmente entrando, à saída, logo no carro.
O Chiado já foi interessante... mas está cada vez mais mal frequentado... bom, eu nunca gostei muito. Recuso terminantemente a falar daquelas coisas feias na periferia!!!
Na ceia natalícia, recomendo o tão tradicional bacalhau com batata e couve, regado de azeite puro-virgem alentejano; escolhendo para o dia de Jesus, faisão com laranja, cabrito ou perdiz.
Na hora de abrir os presentes, um conselho, o papel é para rasgar todo!!! No meu caso, já sei o que me calha...
O Natal é uma época imensa e linda, é necessário desfrutá-la da melhor maneira!
Merry Christmas!

22 de novembro de 2008

Matthew Shepard

Matthew Shepard foi um jovem norte-americano nascido em Casper, no Wyoming, em 1 de Dezembro de 1976. Bom estudante, também pertencia ao coro da sua Igreja. Em 1995, depois de formado, continuou a exercer um cargo no Conselho Ambiental de Wyoming. Era tido pelos pais como uma pessoa liberal, acessível a todos e que se insurgia com as desigualdades da sociedade.
No dia 7 de Outubro de 1998, com 21 anos de idade, conheceu dois indivíduos num bar, que posteriormente lhe ofereceram boleia. Matthew foi, então, levado para um descampado numa zona rural, amarrado numa vedação e violentamente espancado...
Deixado a morrer, foi encontrado 18 horas depois por uma mulher polícia, que a princípio pensava tratar-se de um espantalho. Matthew ainda estava vivo, mas em coma.
Matthew foi levado para o hospital de Fort Collins, no Colorado, com várias lesões, nomeadamente na cabeça, orelha, tronco cerebral, que dificultaram o ritmo cardíaco, a temperatura corporal e outros sinais vitais. As lesões eram muito graves para serem operadas. Matthew morreu a 12 de Outubro de 1998. A polícia descobriu, pouco tempo depois, os dois assassinos. Alegado motivo do crime: preconceito sexual. Os dois assassinos estão presos perpetuamente, sem direito a liberdade condicional. As agressões a Matthew foram tão violentas que as únicas zonas de seu rosto que não ficaram cobertas de sangue, ficaram-no de lágrimas.
Esta história verídica emocionou milhões e levou a uma ampla divulgação sobre os crimes de ódio.
O filme de 2002, The Matthew Shepard Story, é um retrato real desta tragédia. Com a participação de Saw Waterson, Shockard Channing e a interpretação fantástica de Shane Meier no papel de Matthew Shepard. É um drama pesado, mas que aconselho a todos, afinal podemos fazer tudo para que tragédias iguais não voltem a suceder.

10 de novembro de 2008

Barack Obama

A vitória de Barack Obama representa não só uma viragem para o mundo, mas também a ascenção de um homem que consigo traz milhões de pessoas nos EUA, e em todo o mundo. O primeiro afro-americano na presidência da maior potência mundial é a afirmação das comunidades negras em todos os países maioritariamente de raça branca. Só por este facto, já merece o regozijo de todos nós; mas a vitória de Obama inicia um novo ciclo para a humanidade e a mudança nas políticas mais desastrosas de sempre. A Administração do cessante presidente Bush conduziu o mundo a um cenário sem precedentes no novo quadro global: a guerra injustificada. A invasão do Iraque, sem o aval da ONU, com vista apenas ao controlo do petróleo iraquiano, transformou-se numa ocupação de carácter colonialista. Cada vez mais, a autoridade mundial das Nações Unidas é sobreposta pelo poderio económico e bélico norte-americano.
Obama, em campanha eleitoral, prometeu a retirada em 16 meses, embora a situação na área fique complicada, caso se venha a confirmar este desejo. Com a saída das tropas americanas e dos seus aliados (NATO), o Iraque fica numa posição enfraquecida no Médio Oriente, sujeito ao domínio da Al-Qaeda e do Irão. Caso permaneça a ocupação americana, existe o risco sério de surgir um novo Vietname, com todas as consequências que isso acarreta.
Com tudo isto, mais a recuperação económica urgente, é previsível que a Administração Obama não seja tarefa fácil, tendo em conta a herança das políticas dos últimos 8 anos. Mas Obama tem o que poucos tiveram: todo um mundo e um sonho do seu lado...
"I have a dream." (Martin Luther King)

9 de novembro de 2008

Palácio-Nacional de Mafra

Hoje, fiz uma viagem até Mafra que me levou a percorrer destinos, vidas e épocas... Sempre fui um apaixonado por História, e a vida e obra de um dos mais emblemáticos reis portugueses não me seria indiferente. D. João V, foi com todo o seu esplendor, o expoente máximo do Absolutismo em Portugal, como o podemos observar na sua obra de Mafra. "Copiando" o modelo francês do Rei-Sol Luís XIV, D. João V trouxe para um pequeno reino da Europa a sumptuosidade e ostentação jamais vistas, nem mesmo no reinado do Venturoso, D. Manuel I. As remessas de ouro brasileiro permitiram ao Magnânimo criar uma corte luxuosa e imponente. Nunca o rei Fidelíssimo poderia ficar aquém dos restantes monarcas. É importante salientar a destreza e perspicácia deste rei na encenação e jogos de poder. A construção do Palácio-Convento era também uma forma de mostrar o poderio e riquezas de Portugal. Inicialmente um convento para umas dezenas de frades franciscanos, o Palácio-Convento chegou a albergar mais de três centenas. É importante referir que a construção do Convento foi aconselhada ao rei pelos frades, de modo a que a rainha D. Maria Ana de Aústria tivesse a graça de Deus para conceber o tão desejado herdeiro. A construção do Palácio demoraria 33 anos, acabando no ano da morte do monarca (1750). A Igreja principal é sumptuosa, cujas paredes altas e verticais transmitem uma sensação de "peso". A cúpula, no alto, que tive a oportunidade de percorrer o corrimão, provoca vertigens aos mais ousados! A sonoridade e acústica da Igreja são impressionantes.
Já na parte do Palácio, visitei as salas e aposentos reais, incluíndo, a "retrete" da época que muito me intrigou, já que não era para banhos (a higiene era inexistente), mas sim para refrescar (termo da época, já que a água e o corpo eram vistos como algo impuro) o corpo. Tive a oportunidade de ir aos terraços que têm uma vista encantadora sobre todo o monumento e Mafra.
A magnífica biblioteca com mais de 40.000 livros é lindíssima. Todo o pó, (pouca) luminosidade e atmosfera envolvente produzem uma misticidade estranha e acolhedora.
Magnífico monumento, não deixo de aconselhar uma visita ao Palácio-Nacional de Mafra que é também uma visita ao mais carismático rei português, D. João V.

11 de outubro de 2008

Falta de coragem política!

A falta de coragem política tem consequências a nível dos Direitos Humanos, de forma inigualável. É preciso ter a capacidade de assumir e resolver o que visivelmente está errado e vai contra os direitos básicos explícitos na Constituição. As agendas políticas e os seus meandros não chegam para justificar o que de errado se faz, porque enquanto Portugal não assumir o seu compromisso com os cidadãos, não se pode auto-considerar um Estado de Direito. O Estado Português tem a obrigação de promover os direitos básicos de todos os cidadãos, o acesso livre às instituições do Estado para todos sem nenhum tipo de discriminação baseado em qualquer argumento. Infelizmente, ainda é uma realidade distante, visto faltar coragem política aos nossos governantes para resolver o problema das barreiras legais que continuam a impedir determinados estratos da nossa sociedade a aceder a direitos que deveriam ser de todos e para todos.
Artigo nº 13, parágrafo 2 da Constituição Portuguesa:
"Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual."

26 de setembro de 2008

Caixas Multibanco, senhor ladrão, faça favor!

Já está perto o dia em que iremos levantar dinheiro, de bom grado, e entregá-lo às mãos dos amigos do alheio... Cada vez mais, os direitos das pessoas de bem, são ultrapassados pelos direitos dos criminosos. Isso verifica-se facilmente com as medidas judiciais ultra-polémicas que decidem a prisão preventiva, ou não, dos arguidos. A recente onda de criminalidade impunemente reprimida e o actual Código Penal, são um incentivo à prática do crime. No entanto, não me afastarei demasiado do meu tema.
Cada vez mais levantar dinheiro num MB é um perigo. Não só no que diz respeito ao assalto propriamente dito, mas também ao irregular funcionamento do MB. Na passada terça-feira, ao tentar consultar o meu saldo bancário, deparei-me com a inconveniente situação do meu cartão ficar retido na máquina. Ao tentar encontrar uma solução para o sucedido, já que fiz todos os procedimentos correctos, inclusive ao marcar o pin, foi-me dito telefonicamente por uma assistente ( diga-se, simpatiquíssima ) da minha instituição bancária, que as caixas multibanco poderiam estar numa fase de actualização... Digo eu, actualização anti-roubo? Por causa dos larápios, os cidadãos cumpridores dos seus deveres são penalizados? Não será injusto demais?
Ou tratar-se-á de negligência da parte das entidades que controlam o MB? Não me parece credível... Se o Ser Humano falha, as máquinas falharão muito mais, mas a verdade é que não confio mais no MB, e apesar de me ter sido atribuido um cartão provisório, tenho sempre o receio de ir ao MB, optando pela consulta via internet do meu extracto bancário. Sublinhe-se que o MB em questão, situa-se numa zona devoluta sujeita a vandalismos correntes. Deveria ser repensada a sua continuação.
Devido a uma minoria cada vez maior, gradualmente perdemos direitos... será melhor facilitar a vida aos ladrões; podemos começar por lhes pedir desculpas e até talvez irmos nós para a cadeia?

15 de setembro de 2008

Madonna, Queen of Pop.

Esperei por este dia, não porque a adore incondicionalmente, mas porque a admiro como artista (entertainer, diga-se...). No seu género é a melhor, e indiscutivelmente a única e verdadeira Queen of Pop, como é conhecida. Gostei, em geral, da sua performance de hoje; nunca a tinha visto ao vivo, e se não fosse um grande amigo que me ofertou um bilhete, não teria ido. Não fiquei bem à frente, nem muito atrás; o suficiente para a ver bem... E vi uma mulher bonita, enérgica e bem-disposta. Vê-se que nasceu para ser estrela, tem uma aúrea mágica. Espectáculo com muita luz, e muita música. Do que mais gosto do seu catalog, destaco Like a Prayer e La Isla Bonita, ambas músicas que me marcaram.
Não vou dedicar muito tempo a explicar porque acho ridícula a sua comparação com Mariah Carey: não se comparam pessoas e estilos diferentes! Ambas são as melhores nas suas "áreas".
Podemos comparar Madonna com Kylie Minogue (que também aprecio), levando a melhor Madonna. Têm estilos idênticos, rivalizando por algum tempo, o estatuto de rainha.
A sua idade, aliada à sua energia, promete dar muito que falar, e escrever à imprensa. Posso garantir que tem uma energia inesgotável.
Diz-se que gosta de Portugal; creio que sim, pelas vezes que nos visitou, e pela inclusão de Lisboa no seu DVD. Suscitou-me interesse a partir de 2005, comprei os seus últimos dois albuns e adorei, para além das músicas antigas. Certamente, comprarei o terceiro...
Acho que Portugal a adora.
Acho que ela gosta de Portugal.
Eu gosto dela. Da minha parte, volta sempre Madonna!

6 de agosto de 2008

Alverca e Amy Winehouse...

Não é bonita, não é feia; não gosto, nem desgosto... nem de uma (Alverca), nem de outra (Amy)! Não sei bem porque decidi colocar um post conjunto, sobre duas coisas distintas...
A Amy tem uma boa voz, é feia, druggs, mas tenho pena dela. Apenas não tem interesse suficiente para lhe dedicar uma página cheia...
Alverca, é uma vila (do Ribatejo) do concelho (do Ribatejo) de Vila Franca (do Ribatejo) de Xira... com pretensiosismos a cidade (?!) (costuma ser usual...)
Incoerências??? Por vezes penso que escrevo para mim...

15 de julho de 2008

Transportes Públicos... No way!!!

Odeio utilizar os transportes públicos, principalmente autocarros. O metro ainda é suportável, mas alguns autocarros são terríveis. Há uns dias, utilizei um autocarro da RL para me deslocar ao subúrbio. Uma conhecida da mãe vive lá, e a mãe com o seu coração generoso ofereceu-se para a ajudar (a senhora vive com dificuldades). Ia morrendo de calor no autocarro. Estava com uma enorme falta de ar. Aquele autocarro não tinha ar-condicionado, o motorista era de um péssimo trato e ia cheio de gente com um aspecto duvidoso. A mãe não teve possibilidades de ir lá e pediu-me para que eu fosse.
Já lhe disse: nunca mais. Aqueles autocarros da RL são inqualificáveis.
Experimentem e digam qualquer coisa.
Está lançado o desafio.

30 de junho de 2008

Burocracias...

Dirigi-me ao meu estabelecimento de ensino, no intuito de renovar a minha matrícula, no entanto, acabei por fazê-lo, não sem antes deixar uns insignificantes 22.70 €! Será que é necessário roubar para estudar, em Portugal? É inacreditável que num país, que se quer (e diz!) desenvolvido, o custo da educação seja uma afronta à magnífica instituição que é o saber! Quantas pessoas não estarão resignadas em suas casas devido ao facto de não auferirem o suficiente para estudar? Não me venham com "balelas", da terrível herança salazarista, pois o "velho" morreu há 38 anos, e a educação continua na mesma! O baluarte, que é a Democracia (que eu próprio defendo) tem mostrado incompetências para resolver o terrível problema do défice educacional português. O primeiro-ministro que tantos criticam, tem tentado a meu ver fazer o melhor possível dentro das suas competências (não, não sou do Partido Socialista!). Agora, não peçam milagres! Educar os portugueses para o futuro é tarefa difícil, não acham? Ainda para mais sem a colaboração... dos mesmos!
Conversa de café: " (...) aquele gajo vai mesmo para o Glorioso?"
(Correcta) Conversa de café: "Acho o novo romance de Saramago um misto de algo profundo e inatingível..." Ex...
Ou que tal, levar os "xavalos" à biblioteca? A conhecida Catedral do saber! (tão diferente daquela na Luz!)
Nunca ouviram isto, ou algo semelhante? Aposto que já! Não acredito que estejam incluídos no grupo, pois não estariam a ver um blog deste nível!
Não são críticas, mas sim pensamentos modificadores e futuristas...
Aguardam-se melhores dias no burgo... não é, tugas?

7 de junho de 2008

Febre Futebolística!

Sei que é estranho tratar deste tema; o futebol não é, propriamente, o que eu mais gosto neste mundo =), no entanto, apesar de ser um acérrimo crítico do futebol, creio que é interessante observar a capacidade realmente impressionante que o futebol tem de unir todo um povo em torno de um objectivo comum: a vitória. Confesso que até a mim, a selecção tem a capacidade de me colocar bem-disposto, de melhor com a vida! Acreditava, esperançadamente, na vitória de Portugal no EURO 2004 e foi o que se viu, uma derrota estrondosa. Depois de tanta luta e tanto suor... Em 2006, no MUNDIAL, alimentei mais uma vez as mesmas esperanças, e a derrota com a França soube particularmente mal; hoje, com este recém-começado EURO 2008, não quero criar sonhos, pois a queda pode ser dolorosa. Não sou daquelas pessoas, do género de falsos moralistas e intelectuais, que rejeitam o futebol argumentando que não é um desporto de elite, mas sim das massas e camadas inferiores. Bom, até pode ser um desporto virado para as camadas baixas da sociedade, no entanto, é o desporto rei, e aquele que movimenta mais dinheiro. É universal, na medida em que tanto "ricos" como "pobres" sofrem e vibram por ele. Só por isto, essas teses caem por "água abaixo". Não sou adepto de futebol, nem gosto de desporto, no geral, mas respeito o direito de escolha das pessoas, e se, de facto, proporciona alegria e boa disposição, por que não?

5 de junho de 2008

As doenças mentais têm cura!

Algumas espero que sim pois, de facto, podemos conviver com pessoas que, embora estejam manifestamente doentes, não podemos ter uma ideia do perigo que podem representar... Irei contar-vos um caso insólito; um rapaz aparentemente com problemas afectivos e emocionais, para além de alguns distúrbios no comportamento, era tido como uma pessoa, apesar de tudo, normal e aceite com as suas diferenças. No entanto, ninguém se apercebeu do potencial perigo que poderia advir do contacto com ele. Podemos, absolutamente, conviver com psicopatas sem que nos apercebamos a tempo. Esse dito rapaz, tinha diferenças visíveis, mas pouco se sabia em relação ao seu comportamento.
O que ninguém poderia adivinhar (mas sim suspeitar, pelo menos deveriam-no!) é que, quando contrariado, ou afectado de alguma forma, reagiria de forma doentia e a todos os níveis inqualificável. Desde atitudes pouco próprias, incluindo gritos doentios e manifestações de distúrbios mentais. A solidariedade das pessoas que acompanharam esses acontecimentos é de louvar, no entanto, providências deveriam ser tomadas, para o próprio bem da pessoa em questão. Ao invés de uma postura correcta e sensata, foi decidido apoiar e ignorar estas verdadeiras situações de alarme. É um aviso claro de que algo não está bem. O que poderá acontecer às pessoas que convivem diariamente com este indivíduo? Estarão em perigo? Não podemos fazer projecções, no entanto, é de supor que algo irá correr mal. A ajuda de um psiquiatra, nestas alturas, é essencial e fundamental. Como coloquei no título do meu post, As doenças mentais (algumas) têm cura! Têm de ser diagnosticadas e tratadas a tempo.
(Nota: Não coloquei mais detalhes para, evidentemente, salvaguardar a identidade dos intervenientes e a sua privacidade. Qualquer caso semelhante é pura coincidência).

29 de maio de 2008

Existo!

Dizem que sim, apesar de serem apenas opiniões e não passarem disso mesmo. Confesso, sou diferente, é certo, no entanto, sinto-me fantasticamente bem com essa suposta diferença, na medida em que não sei se realmente o é. Serei diferente? Por que dizem que o sou? Será porque desconfio de todos, e tenho muitíssima dificuldade em gostar de alguém? Para ser considerado "dos normais" tinha de ser dado, dizer "sim" a tudo, mesmo que não me agradasse, e sobretudo, com muita hipocrisia à mistura como é normal. Não gosto de ser assim e não pretendo agradar a ninguém. No fundo, eu sei, eles sabem, que não são muito diferentes de mim, mas sim muito mais experientes e ardilosos na forma como se relacionam em sociedade. Como não tenho pretensões de fazer parte do "grupo", o que pensam ou deixam de pensar a meu respeito é-me completamente indiferente... Mantenho-me suficientemente afastado, e simultaneamente próximo para me aperceber de tudo o que se passa ao meu redor; quando me abordam tenho sido sempre educado em todas as situações, no entanto, não posso fugir à minha natureza e nem quero fazê-lo... Quando sinto que interferem na minha forma de ser e tentam-me moldar segundo os seus próprios princípios (principalmente quem não gosto), sinto-me no direito de me manifestar, sendo por vezes muito pragmático e directo, mesmo que possa ser entendido como um desrespeito ou algo semelhante.
Gosto de poucas pessoas e, de facto, não são muitas. Não me importa que não gostem de mim, na medida em que também sou reservado a esse respeito. Talvez esteja deslocado em relação aos restantes, sempre fui diferente em praticamente tudo, mas, embora seja estranho, não me sinto mal ou incomodado. É tão bom ser diferente, não fazer parte de um todo. Adoro conservar a minha individulidade, e hoje, ela perde-se com imensa facilidade. Todos temos individualidade, mas será que todos seremos recordados? As pessoas ficam na memória colectiva da História pelas suas boas ou más acções; como quase todas as pessoas que conheço são insuficientemente fracas para fazer o bem, e também o mal, cairão facilmente no esquecimento colectivo. Eu tiro partido do que tenho, e como o que tenho é considerado mal, faço uso dessa capacidade. Se o facto de fazer e dizer o que penso (sem desrespeitar), é o "mal", então ainda bem que o tenho. Faço o mesmo que todos, e levo menos frustrações para casa. As críticas guardam sempre uma pontinha de inveja e, no fundo, sabemos que não o devemos mas querêmo-lo; o mesmo se aplica às más acções que criticamos, mas gostaríamos de ter coragem para o fazer, com os seus limites, e circunscrito a algumas situações. Existo porque me sinto e, como dizia Descartes, porque penso, então, tenho o direito à vida e à minha personalidade, desde que não interfira com a liberdade e os direitos de terceiros; como não o faço, não dou o direito a ninguém de agir por mim ou de (tentar, em vão) influenciar as minhas decisões e os meus comportamentos. Falta de humildade não diria, mas sim convicções de que o que faço é o correcto e o melhor para mim.

16 de maio de 2008

Aula (talvez não tão estúpida) de TIC...

No meu post anterior, falei da aula de TIC e de certa forma, da maneira como me sentia naquele momento muito particular. Continuo a achar a aula de TIC chata e completamente aborrecida, embora saiba que é absolutamente essencial para o nosso dia-a-dia. A informática está presente em todos os níveis da nossa sociedade mas, de facto, não me suscita o mínimo interesse. A circunstância temporal teve uma forte influência na minha escrita, e pode-se mesmo dizer que foi um pouco exagerada. Agora, mais conscientemente, vejo que me excedi nas palavras, inclusivamente em relação à apreciação que fiz da minha professora de TIC. É uma pessoa de um trato bastante agradável, tem os seus defeitos como todos, mas não é aquele "retrato que pintei", de todo. Talvez seja mais exigente do que o deveria e, por vezes, não muito compreensiva. Utilizo o meu direito inalienável à opinião e à livre expressão para o dizer. Posso, e tenho consciência disso, ferir algumas susceptibilidades, mas na medida em que não ofenda ninguém, posso me expressar e tenho mesmo o dever de fazê-lo. Antes de tudo, temos de ser verdadeiros connosco. Felizmente, tenho a meu lado, pessoas que me ajudam a ter mais maturidade, e de certa forma, contribuem para uma maior sociabilidade da minha parte. Obrigado!

13 de maio de 2008

Aula (estúpida) de TIC!...

Mas que grande seca! Odeio TIC. Nunca fui um grande adepto de informática, e esta professora irrita-me um pouco, pois é meio presunçosa, não tendo eu paxorra nenhuma para a aturar! Power Point?... e o que tenho eu a ver com isso? Não gosto, nem quero gostar! Sei que a informática é deveras (lol) importante para o nosso dia-a-dia, mas não me interessa absolutamente nada, para além do minímo, ou seja, poder escrever estas palavras aqui, pois para isso é preciso a informática, querendo ou não! Agora temos de desenvolver um trabalho no dito Power Point, relativamente a um tema à nossa escolha! Bahhhh!.... Por mim não fazia nada... Pesquisar na net, para depois ter ideias para o dito trabalho! Bem, escrevi mais um pouco, mas as tarefas que ela dá não me deixam estar sossegado!

10 de maio de 2008

Porque é que as pessoas mudam tanto?

Interrogo-me, por vezes, porque é que as pessoas mudam tanto... Chego à conclusão de que talvez não mudem, mas apenas transpareçam partes de si que estavam ocultas... Alguém, certamente, já teve uma mudança súbita de comportamento por parte de um familiar ou de um amigo... É decepcionante, é certo, mas temos de aprender a viver com o facto de que nos podemos ter enganado em relação a certas pessoas... A dor, por vezes, é imensa, mas acredito realmente que Deus arranja, passo a expressão, sempre uma forma de nos compensar. Nada é eterno, e nem mesmo a nossa dor pungente o é. Tudo tem um princípio e um fim, incluindo as coisas más e as coisas boas. Não falei no amor, em cima, quando me referi a decepções, precisamente para poder destacar essa parte que a meu ver está em volta de alguma complexidade. Quando se gosta de alguém, e de alguma forma não se é correspondido, o tempo ajuda a cicatrizar as feridas que a realidade possa causar. O mesmo sucede quando se é vítima de traição por parte da pessoa amada. Alguém acredita em sofrimento eterno? O tempo encarregar-se-à de fazer esquecer esse episódio e trará um novo amor que irá compensar o anterior, é a minha convicção pessoal. Quantas vezes não olhamos para trás e recordamos situações que na época eram desesperadoras e agora parecem insignificantes e mesmo irónicas, que nos provocam um sorriso nos lábios? A mim já me sucedeu imenso. Por isso, embora seja difícil de o aplicar nas situações presentes, já que só o vemos à distância, devemos sempre pensar que melhores dias virão e que tudo pode terminar num grande alívio e numa enorme gargalhada, embora esta última só o tempo a pode trazer. Tudo isto se aplica a todas as circunstâncias da vida e não a casos específicos. Calma e serenidade, é tudo o que se pede e tudo o que todos nós necessitamos.

4 de maio de 2008

São formas de ser... e?!

Confesso que não conheço muitas pessoas que tenham este "hábito", digamos, de comprar quase de forma compulsiva, mas a verdade é que eu adoro fazer compras, sejam elas quais forem... A sensação fantástica de estar num shopping a comprar algo que nos faça sentir melhor e com uma auto-estima elevada é indescritível. Sou acusado, quase sempre, de fútil, mas será mesmo que o sou? Apenas gosto de comprar o que me agrada, e se a maioria não tem as mesmas preferências que eu, nem sabem o que perdem... Apenas um exemplo: eu adoro comprar roupa, e faço disso quase um hobbie, mas a sensação de vestir uma peça de roupa nova e sentir toda aquela luz que nos envolve é fantástica. É claro que o facto de fazer shopping é mais comum nas mulheres do que nos homens, mas eu nesse aspecto sou igualzinho. Permitam-me um "lol" =) Vamos a mais um exemplo muito comum do que se passa nos dias de hoje: geralmente os homens adoram futebol e fazem disso, ou seja, o acto de assistir a um jogo, um hábito compulsivo... certo? Portanto, comigo é a mesmíssima coisa! Um hábito, uma vontade... Whatever!... É claro que me dá mais gosto comprar com dinheiro alheio... Calma! Eu não roubo, apenas quando me dão uma dádiva é muito melhor... e esse "papo" de comprar com o fruto do nosso trabalho ser muito melhor, para mim, é uma grande tanga! Fui habituado a comprar, e claro que isto para as pessoas menos "abonadas pelo Senhor" possa parecer um horror, uma futilidade... E depois tenho aquele enorme desprazer de ver aquelas roupinhas horríveis que nem para a avó da minha avó serviam! O português tem muito pouco gosto, é certo, mas por vezes penso que nem os pobrezinhos de África vestiriam aqueles trapinhos que vejo por aí... O que muito boa gente precisa é de um bom consultor de imagem, por os olhos em quem sabe, e frequentar mais vezes os Shoppings. Para o português vulgar: Comam menos e gastem menos dinheiro em bilhetes de futebol... Verão que a vossa imagem sairá agradecida.

Dificil (tentar) ser-se bom!

Realmente é difícil ser bom em alguma coisa, principalmente quando estamos rodeados de pessoas que não conseguem conviver com as vitórias pessoais dos outros... O clima de inveja é uma realidade, e confesso que não tinha conhecimento de que as pessoas pudessem ter tantos problemas em aceitarem as suas incapacidades pessoais. Ninguém é bom a tudo (e até há quem nem seja bom a nada!), mas algumas pessoas são melhores do que outras e quando nos apercebemos que de alguma forma não estamos ao nível de outra pessoa numa determinada área, não devemos fazer disso um motivo para vivermos obsecados e cheios de complexos de inferioridade. Há que reconhecer as nossas fraquezas, e não arranjar desculpas para elas... É muito fácil inventar desculpas para tudo de forma a podermos iludir os outros, mas não será que é a nós próprios que estamos a iludir? Fui sempre uma pessoa que tive consciência dos meus limites, em certas e determinadas áreas, mas há quem não seja assim. Os complexos são processos em que eu acredito que todos nós passámos em algum periodo da nossa vida, mas tenho até um certo sentimento de condolência para com quem vive em constante sentimento de inferioridade em relação ao próximo. Menosprezar o valor das outras pessoas, de forma a poder aumentar substancialmente o nosso inexistente valor, também é errado. E, de certa forma, quem incentiva e apoia por fora a que isso aconteça, está a ajudar a iludir uma pessoa que já está por si só completamente alheada da realidade. É com base nestas rivalidades que surgem os sentimentos de inveja e de mesquinhez que minam as relações humanas. Aprender as viver com as nossas capacidades é muitíssimo importante, sejando elas muitas ou poucas.

3 de maio de 2008

O que se passou com Mariah Carey?

Ninguém consegue imaginar o que eu gostava desta mulher e das suas potencialidades vocais... e não é que ela agora já não canta nada de jeito! Começou por cantar acompanhada de rappers que não a prestigiam em nada, e abandonou aquela forma de ser que encantava todos os seus verdadeiros fãs. É verdade que todos nós mudamos com o decorrer dos anos, mas era preciso ela ter mudado tanto assim? Deixou de lado o seu estilo muito próprio para passar a ser mais uma dessas muitas cantoras norte-americanas que não têm nada de especial, apenas algumas curvas que fazem o delírio dos media... Mas a Mariah era diferente. Aliada à sua potente voz, estava todo o seu talento... Agora é vê-la a pedir que lhe "toquem no corpo" com muita futilidade à mistura... Como me considero um seu verdadeiro fã, e embora saiba que ela não volta a ser o que era, continuo a comprar os seus discos porque gostava não só da música, mas também da Mariah como pessoa, embora não a conheça, e isto possa parecer um disparate. As suas músicas embalavam-me e eram, digamos, o hino de muitas das minhas emoções... É verdade que a sua voz também não é a mesma (dizem que por problemas vocais), constatei isso quando ouvi o seu disco "Butterfly"; as diferenças no timbre são imensas e a sua potencialidade vocal é notavelmente menor. Não alcança as notas graves da mesma forma, é um facto, e já em "Butterfly" não as alcançava. É discutível até que ponto a Mariah optou por cantar um R&B apercebendo-se de que a sua voz não era mais a de antes. Prefiro acreditar nesta hipótese a poder imaginar que tenha alterado o seu estilo apenas por capricho! E para se aparentar mais com as mocinhas do R&B de agora! Não tinha necessidade disso, porque creio que, embora não tenha perdido os seus verdadeiros fãs, aposto que poucos estarão satisfeitos com esta mudança de estilo... Que saudades daquele Pop romântico... daquelas músicas lindas que fizeram sonhar tantas pessoas por este mundo fora. Um conselho para a Mariah: olha para trás, vê as escolhas que fizeste, e lembra-te dos teus verdadeiros fãs, que gostam do que fazias e te querem ver novamente em grande, como a Diva que és!